Aquecido, setor de construção civil acumula vagas de emprego, mas tem demanda por profissionais qualificados
Durante o período da pandemia, número de oportunidades geradas pelo segmento supera setores da indústria e comércio.
Desde o início da pandemia de Covid-19, o setor de construção civil acumula vagas de emprego e manteve em alta a demanda por trabalhadores. Em todo o estado, foram abertas 95,4 mil desde o ano passado, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Trabalho.
Isso porque, mesmo com a pandemia, reformas e construções em residências e escritórios mantiveram o setor em crescimento. No entanto, as empresas têm esbarrado na falta de profissionais qualificados.
O gerente de obras Diogo Lopez afirma que um dos maiores desafios para preencher as vagas é essa falta de mão de obra capacitada no mercado. “Quando não conseguimos, no mercado, o colaborador pronto, damos oportunidade para o desenvolvimento [de funcionários] dentro da empresa”, diz Lopez.
Esta foi o caso de Ronaldo Ferreira, que se capacitou como operador de grua dentro da empresa em que trabalha. “Sempre sonhei com essa oportunidade”, afirmou o operador.
Formação tecnológica
A arquiteta Gabriela Souza é projetista BIM, ramo onde os profissionais trabalham com modelos virtuais em 3D para projetar obras. “Todo planejamento é feito antes de colocar o primeiro tijolo. Pensamos em todos os itens de acabamento, estrutura hidráulica e elétrica para que não haja retrabalho depois”, explica.
Souza acredita que a profissão tem boa projeção de mercado para 2022. O diretor do Senai Campinas(SP) e Valinhos (SP), Everson Copobianco, entretanto, ressalta que o problema da formação de profissionais é ampliado no contexto das funções tecnológicas.
“Fica difícil contratar uma mão de obra não qualificada e preparar ela”, diz o diretor.
Mesmo nesse contexto, Copobianco deixa uma boa dica para quem procura oportunidades para o próximo ano. “Existem escolas que oferecem cursos desde pedreiro assentador, encanador e eletricista, até cursos de BIM e mestre de obras que são 40 vagas no mínimo, por ano, ofertadas gratuitamente para a sociedade”.
Fonte: G1 Campinas e Região