Parceria entre SAC e GV BIM com apoio da plataforma BIM da Autodesk melhoram a previsão de riscos em obras no Aeroporto de Governador Valadares em Minas Gerais

   

Os projetos e obras de aeroportos em um ambiente operacional apresentam desafios únicos devido às complexidades associadas ao gerenciamento de investimentos e logística. Para o projeto de ampliação da pista do aeroporto de Governador Valadares esse desafio não foi diferente e a solução encontrada foi a implementação de novas tecnologias integradas com a plataforma BIM da Autodesk.

Os objetivos da Secretaria Nacional de Aviação Civil, representada pela MSc. em Engenharia Civil, Adriana Rolim, em parceria com Engenheiro Civil  Guilherme Valente, BIM Manager da GV BIM, Construtora e Prefeitura de Governador Valadares, em projeto de pesquisa voluntário, que também contou com a colaboração da pesquisadora PhD em engenharia civil Basak Keskin, incluíram melhorar as práticas de gestão de riscos em projetos e planejamento 4D, além de ajudar efetivamente na fase de aprovação junto À ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) do conjunto AISO – Análise de Impacto sobre a Segurança Operacional e PESO – Procedimentos Específicos de Segurança Operacional pela ANAC, processo que detalha e documenta as defesas existentes e medidas adicionais para eliminação ou mitigação de riscos decorrentes de obras em áreas operacionais de aeroportos. A iniciativa foi mais além e abarcou o uso de tecnologias e novos processos no gerenciamento de riscos da obra aeroportuária no seu Lado Ar.

Segundo Adriana Rolim, da SAC, “a metodologia BIM desempenhou um papel significativo no planejamento da obra, pois facilitou o gerenciamento de riscos durante as fases de projeto, construção e manutenção do empreendimento para a ampliação da pista do aeroporto”. Toda a abordagem de avaliação de risco da proposta foi implementada no projeto durante a fase de planejamento, por meio de entrevistas semiestruturadas usando a metodologia BIM integrada à solução e uso de óculos de RV com as equipes responsáveis pelo projeto.

“Com essa integração, conseguimos avaliar os riscos que poderiam causar impactos negativos ao projeto e tivemos a oportunidade de registrar todas essas informações”, comenta Adriana. Outro benefício apontado no uso do BIM estendido à RV é a facilidade de comunicação dos riscos, independente da complexidade dos empreendimentos, à ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), contexto que atribuiu a este trabalho o Prêmio InovANAC 2021.

Uma distinção ao promover uma experiência imersiva neste projeto foi potencializar a capacidade do participante, inclusive leigo, em identificar e avaliar os riscos, aumentar a eficiência e precisão da sua gestão, principalmente durante a elaboração do plano de mitigação de riscos. “Essa experiência de integração das soluções permitiu aos participantes o reconhecimento do cenário do projeto com alto nível de detalhes, considerando todas as interfaces. Vale destacar que com a participação de todos os envolvidos, houve redução das incertezas do escopo do projeto, permitindo um melhor entendimento sobre como medir a probabilidade de ocorrência de riscos, causalidade e seus impactos, não apenas com base na imaginação” ressaltam Guilherme Valente, BIM Manager da GV BIM, e Thiago Lopes, Gestor de Segurança Aeroportuária.

   

Para angariar recursos federais, por meio do processo de investimentos da SAC, a obra de ampliação do aeroporto tinha como premissa a obrigatoriedade do uso do BIM (Modelagem da Informação da Construção). Superada a etapa de consolidação do orçamento e adotada uma abordagem inovadora, os modelos BIM e simulações praticadas foram integrados com uma solução de Realidade Virtual (RV) para a identificação de potenciais riscos de acidentes aeroportuários em área operacional. Os resultados proporcionaram aos envolvidos o melhor entendimento do escopo e uma avaliação mais eficiente dos riscos que pudessem causar um impacto adverso, além de um plano para mitigá-los e assim apoiar os operadores do aeroporto e as equipes de engenharia e gestão de segurança.

Como próxima etapa do projeto e início das obras de ampliação da pista do Aeroporto de Governador Valadares, as equipes de pesquisa, engenharia e segurança poderão estabelecer uma ligação entre os dados adquiridos e o modelo BIM, a fim de realizar o processo de monitoramento de risco durante a construção, além de poder realizar análises de risco adicionais. Um exemplo é o potencial de uso destes recursos para planejar que mais pousos e decolagens de aeronaves aconteçam durante uma obra – evitando impactos diretos à aviação regular ou executiva.

“Esse caso de sucesso, que destaca o valor de novas tecnologias para a elaboração efetiva de matrizes de risco, apresenta o potencial de interoperabilidade da plataforma Autodesk ao facilitar a integração de modelos BIM, desenvolvidos a partir do Revit e Civil 3D, a uma solução de RV. É importante evidenciar o cuidado com o processo de modelagem, a inclusão de objetos temporários dedicados à simulação, como aeronaves, pessoas e maquinário, e o carregamento de dados do cronograma nos modelos. A Autodesk está sempre atenta em desenvolver ou integrar soluções que vão ajudar o cliente a aproveitar ao máximo a transformação digital e assim levar seus projetos para o próximo nível.”, afirma Fernanda Machado, especialista técnica e líder de sustentabilidade da Autodesk.